Dólar abaixo de R$ 5: é uma boa hora para comprar a moeda?

Dólar fechou abaixo de R$ 5 pela 1ª vez desde junho de 2021

Do UOL, em São Paulo

O dólar fechou abaixo de R$ 5 pela primeira vez desde junho do ano passado. Na sessão de quarta-feira (23), caiu 1,44%, cotado a R$ 4,844. Foi a sexta queda seguida. Quem vai viajar nos próximos meses deve aproveitar a queda ou esperar para comprar a moeda? Os especialistas ouvidos pelo UOL dizem que o momento é positivo, mas reforçam que o câmbio é imprevisível.

“Considerando as incertezas e todo cenário macroeconômico mundial, existe um cenário favorável para a compra”, afirma Jimmy Keller, economista e fundador da Keller Capital.

A imprevisibilidade do câmbio precisa entrar na conta na hora de comprar dólares. “É difícil imaginar que o dólar vai cair muito além disso, mas também é improvável que fique no patamar por muito tempo, por incertezas domésticas, como a eleição presidencial”, afirma Sá. Cristiane Quartaroli, economista e especialista em câmbio do Banco Ourinvest, diz que a cotação pode se manter abaixo dos R$ 5 no curto prazo, mas que as tensões com a guerra e a própria eleição podem provocar mais movimentações no câmbio. A melhor forma de se proteger e conseguir uma cotação atrativa é comprando a moeda aos poucos, em busca de um valor médio competitivo. Se comprar tudo no momento de baixa, sorte do comprador. Agora, se a compra for feita durante um período de alta, o prejuízo é certeiro.

Outra forma de economizar é pesquisando a cotação em mais de uma casa de câmbio. Todas as transações têm cobrança de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e outras taxas determinadas em cada uma das casas.

Para a compra de moeda em espécie, o IOF é de 1,1% sobre o valor da operação e de 6,38% sobre o valor da compra para cartões pré-pagos. Quem usar o cartão de crédito durante a viagem também paga 6,38% de IOF.

“Se você estiver comprando um volume maior de moeda, consegue um desconto na taxa. Por isso, sempre busque diferentes casas de câmbio para fazer a melhor negociação”, afirma Patrícia Krause, economista-chefe Latin América da Coface.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, a cotação é mais alta (dólar turismo).

O dólar vai se manter abaixo de R$ 5?

Os especialistas consideram difícil de prever. De acordo com Keller, o dólar já caiu 13,5% neste ano. A queda está ligada à alta dos juros no Brasil. Quanto maior a taxa, maior a atratividade para o investidor estrangeiro colocar seu dinheiro aqui.

“Atualmente, o Brasil está somente atrás da Rússia em termos de juros reais, mas, por causa da crise na Ucrânia, o Brasil assume o protagonismo dos emergentes e traz uma relação de risco e retorno interessante para o investidor internacional”, afirma Keller. O aumento do preço das commodities faz com que o investidor internacional coloque mais recursos na Bolsa de Valores brasileira. Hoje, o Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, tem um número grande de empresas ligadas a commodities, como Vale e Petrobras, que são beneficiadas em momentos de alta dos preços do minério de ferro e do petróleo.

“Diferentemente de outros grandes índices de ações, o Ibovespa vem se beneficiando tanto dessa alta de commodities quanto da rotação global de empresas de crescimento para empresas de valor. Nesse cenário, a Bolsa brasileira torna-se cada vez mais atrativa, trazendo uma forte entrada de fluxo estrangeiro ao país, em busca da maior exposição a esses fatores. Com essa forte entrada de dólares, o real é hoje a moeda com melhor desempenho global”, afirma relatório da XP Investimentos.

*Fonte: UOL Economia

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