Afinal, viver na pandemia é criar uma BOLHA INDIVIDUAL?

Defensores desta ideia afirmam ter alcançado a paz interior, no entanto, houve de fato Crescimento Psicológico do Questionamento?

Thelma psicóloga descreve que:

Diante do aumento da demanda em consultório, observou-se padrões de comportamentos similares desenvolvidos ao longo da pandemia, relatados pelos seus clientes. Dentre os mais comuns apresentados, o que ganhou destaque foi o isolamento individual, que a profissional batizou de “Meu grande Filtro”. 

Uma espécie de bolha na qual o indivíduo se insere dentro dela, em um habitar no estilo Pequeno Príncipe, penetrando para dentro de seu ciclo energético somente o que lhe convém, onde estes foram se instalando, para protege-lo, e selecionar demandas diárias, evitando discussões desnecessárias, as famosas fadigas. 

Contudo sobreviver à Mídia, é uma tarefa árdua e diária, ao longo do dia, as somatizações de notícias, de dicas, de ideias são mais intensas que o cérebro humano é capaz de suportar no processamento. É sabido que os neurônios se comunicam passando informações entre si por sinapses elétricas ou química. Mas, nem eles vencem velocidade da Mídia Digital, que segue com seus comandos prontos, indo desde alimentos para consumir; portais de notícias; jornais; programas de TV; redes sociais e até conversas de WhatsApp.

A forma de sobreviver a pandemia para muitos foi instalar os “Filtros”, formando o padrão de comportamento forma pacifica, na busca de protege-lo do desgaste Psicológico.  A psicóloga acredita que em meio a tantas opiniões e muitas vezes contrarias as nossas, talvez viver em uma bolha traga um lugar seguro no campo mental, a este individuo, um cantinho impenetrável, como o mundo do livro de Antoine de SaintExupéry o pequeno príncipe. O ponto questionador desde artigo é: padrões de comportamento muito selecionados podem trazer mais benefícios ou malefícios no campo das ideias e do amadurecimento cerebral? 

Há quem diga que esta forma a pandemia trouxe muita autonomia de escolha, se é certo ou errado, é apenas uma escolha do individuo. Todos nós vivemos em uma bolha particular, seja por causa da vida familiar, religião, nacionalidade, ou porque o algoritmo do Instagram escolhe o que é interessante ou não para você. Decidir o que quer ou não com suas escolhas, sendo um grande avanço na tomada de decisão na década contemporânea em meio aos vírus cada vez mais modernizados. 

Atualmente, houve um consenso dos poderes de escolha por parte das psicologias, sabemos que quando temos poder de escolhas, conduzimos nossa caminhada a tribos mais parecidas com nossa forma de ver a vida, ou seja, sob a ótica do que acreditamos, vivenciamos e aceitamos como padrões sociais.  No entanto, será que viver em nosso “Grande Filtro” social nos faz crescer de fato?

Aprofundando mais um pouco no tema em tela, será que a internet e suas nuances foram de fato criadas para sutilmente nos colocarem dentro desta bolha desde sempre? e que somente nós como interlocutores da rede, de alguma forma velada já estamos na bolha da Mídia, e não nos dêmos conta que fomos encaminhados para este local há algum tempo, como a nova onda de Metaverso

Seja como for, às vezes estamos presos em uma bolha social onde tudo que consumimos, vestimos, introduzimos, compramos, os famosos ditadores de modismos, os Influencers Digitais, sempre ditando as regras do jogo.

A neuropsicóloga explica que o comportamento humano, há décadas vem mudando o padrão, e isso é normal, atualmente ao se precisar de um prestador de serviços, Profissionais liberais, dentre outros, as pessoas buscam as recomendações feitas pelos seus amigos, utilizando ferramentas da rede, no perfil do Instagram, este viés de escolha, é na verdade uma procura familiar de encontrar o pronto, o peneirado por outro indivíduo, contudo, estamos treinando o nosso olhar ao imediatismo, o mundo se tornou ansioso, ligeiro, sagaz, sem chances de proporcionar a função executiva uma elaboração mais adequada das ideias, o pensamento cada vez distante. Ressaltando que, até os algoritmos estressores das próprias redes sociais nos mantêm em nossos próprios “Filtros Pessoais”.

Estamos cada vez mais mudando estereótipos, aqueles adquiridos em nossas experiências de vida e convivência com a sociedade, baseando principalmente no senso comum. Mudando variáveis de grupos para grupos, dependendo da cultura e costumes. Todavia, ao expressar uma opinião baseada apenas em vivencias do próprio individuo, pode deixar este individuo passível de equívocos, e injustiças, porém, as experiências individuais, podem colocá-lo em uma zona de conforto perigosa. Afinal, acreditamos que o que pensamos para julgarmos o outro pautado somente em nossas experiencias, é na verdade conclusões cegas, limitantes e dogmáticas. 

O crescimento da visão de mundo num contexto amplo, a diversidade de ideias, o peso cultural nos torna humanos, é importante estourar as bolhas e abrir os olhos para o que está ao seu redor. Por isso, convidamos você leitor a experenciar as peneiras de sua bolha individual com cautela para não o tornar responsável por tudo aquilo que cativas. 

Thelma Silva

Neuropsicóloga

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