“O vintage está explodindo no mercado de segunda mão”, contou leiloeira. “As pessoas não podem ir às butiques, e por isso compram em leilões virtuais.”
Na casa de leilões Artcurial’s, que tem vista para as lojas fechadas da avenida Champs Élysées de Paris, a especialista em moda vintage Clara Vivien supervisiona a venda de centenas de jaquetas, sapatos, acessórios e joias da Chanel — tudo online.
Paris pode ser a capital mundial da moda, mas um terceiro lockdown da Covid-19 obrigou os amantes do luxo que têm tempo e dinheiro a esbanjar online em busca do próximo vestido vintage da Chanel ou bolsa de mão da Hermès.
O estilo vintage já estava desfrutando de uma redescoberta, disse Vivien, graças ao incômodo crescente com a “moda rápida” entre os consumidores e a conscientização ambiental também crescente — mas a pandemia a intensificou na internet.
“O vintage está explodindo no mercado de segunda mão”, contou Vivien. “As pessoas não podem ir às butiques, e por isso compram em leilões virtuais.”

Foto: Divulgação/Artcurial
As bolsas de mão vendem particularmente bem. “Pessoas que compraram uma bolsa Chanel ou Hermès hoje se encantam de saber que seu investimento não para de crescer, e com a pandemia cresce sem fim à vista.”
As vendas de roupas de moda vintage e pela internet mais do que quadruplicaram em leilões virtuais na França em 2020, na comparação com os níveis pré-pandemia, e chegaram a 6,2 milhões de euros, de acordo com o agregador de casas de leilões online Interencheres.
Antoine Saulnier, leiloeiro da Gros & Delettrez, disse que vendas de moda vintage que antes da pandemia poderiam ter atraído 100 compradores virtuais hoje atraem cinco ou dez vezes este número.
- Fonte: CNN Estilo